Os mercados passaram por uma sessão volátil na primeira metade do pregão desta sexta-feira, após o payroll de agosto nos Estados Unidos apontar criação de vagas abaixo do esperado.

O sentimento de aversão ao risco, porém, prevaleceu na segunda etapa, com a percepção de que o dado não foi fraco o suficiente para justificar um Federal Reserve mais agressivo no afrouxamento monetário e, portanto, um corte de 25 pontos-base seja mais provável.

Dois membros do Fed (John Williams e Christopher Waller) colocaram na mesa a possibilidade de uma redução de 50pb, mas não cravaram nenhuma decisão.

Dow Jones caiu 1,00% (40.345,93 pontos), S&P500 recuou 1,72% (5.408,56) e Nasdaq perdeu 2,55% (16.690,83). Com isso, os índices em NY tiveram a pior performance semanal desde março de 2023. 

Por aqui, o Ibovespa acompanhou o sentimento negativo do exterior, uma vez que juros altos por mais tempo nos EUA tira a atratividade dos mercados emergentes. O índice registrou queda de 1,41%, aos 134.572,45 pontos, com volume de R$ 17,8 bilhões. Na semana, o Ibov caiu 1,05%.

O dólar também passou por volatilidade, mas o dólar acabou se fortalecendo e ganhou sobre os pares (DXY +0,07%). A moeda americana avançou sobre o real (+0,35%, a R$ 5,5901), que testou o nível dos R$ 5,60 hoje, mas a semana acumulou queda de 0,80%.

Os juros futuros sobem no miolo da curva, com a perspectiva de um potencial aumento da Selic próximo, enquanto os yields dos Treasuries caem na ponta curta.

(Eduardo Saraiva)