[06/09/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

As bolsas firmaram o sinal negativo nesta tarde de sexta-feira, após uma manhã volátil, com investidores e analistas tentando enxergar algum viés de política monetária nos números do payroll e interpretar alguma sinalização nas declarações dos membros do Federal Reserve John Williams e Christopher Waller.

Prevaleceu a percepção de que o payroll mostrou recuperação e, portanto, não foi fraco o suficiente para justificar um Fed mais agressivo no afrouxamento monetário, prevalecendo a aposta de um corte moderado, de 25 pontos-base, na reunião do Fomc deste mês.

Além disso, a expectativa é de que o afrouxamento seja mais gradual, acumulando corte de 100 pb até o fim do ano. Por volta das 15h, em Wall Street, o Dow Jones caía 0,95%. S&P500 (-1,69%) e Nasdaq (-2,48%) eram pressionados pelo tombo das techs (Nvidia cai 4%) e da Tesla (-6,13%), que são ações mais sensíveis aos juros altos e têm gordura para queimar.

Por aqui prevalece o clima de aversão ao risco, uma vez que juros altos por mais tempo nos Estados Unidos tira a atratividade dos mercados emergentes.

O Ibovespa renova mínimas seguidas e neste momento recua 1,33%, aos 134.687 pontos. As ações da Embraer lideram as perdas, com investidores embolsando os ganhos acumulados de mais de 110% neste ano.

O dólar à vista sobe 0,34% (R$ 5,5901), em linha com a alta da moeda no exterior, com DXY avançando 0,09%. Já os juros futuros estão mistos, com curtos em alta diante da expectativa de alta da Selic no Comitê Copom deste mês, enquanto os longos recuam seguindo o recuo dos Treasuries.

(Téo Takar)