Giro dos Mercados

Investidor mantém pé atrás diante de risco de piora no Oriente Médio

Atualizado 03/10/2024 às 15:06:11

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[03/10/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

Os investidores voltaram a acionar os ativos de proteção nesta quinta-feira, reagindo a um possível agravamento das tensões no Oriente Médio.

O estopim para a piora do mercado neste início de tarde foi uma fala desastrada de Joe Biden, afirmando que os Estados Unidos estão “discutindo” com Israel possíveis ataques contra refinarias petrolíferas do Irã como retaliação aos mísseis disparados na segunda-feira pelo Irã contra Israel.

Diante do risco de uma forte redução na oferta, o petróleo dispara quase 5%. Aliás, as ações do setor estão entre as poucas altas do dia, mas com ganhos mais contidos do que na 2ªF. As ações da Petrobras subiam 1% por volta das 15h, amortecendo o tombo do Ibovespa (-1,52%, aos 131.480 pontos).

Em Nova York, o cenário é semelhante, com Dow Jones (-0,64%), S&P500 (-0,34%) e Nasdaq (-0,21%) no vermelho. Já os juros dos Treasuries sobem em reação ao dado do de atividade(PMI), medido pelo ISM, muito acima do esperado, sinalizando que a economia americana segue muito aquecida no setor de serviços, o que pode levar o Federal Reserve a ser mais cuidadoso no seu plano de cortar juros.

O dólar tem ganho moderado frente aos pares lá fora, com o índice DXY avançando 0,23%, aos 101,906 pontos, e sobe com mais força frente ao real (+0,75%, a R$ 5,4854), mais uma vez com o quadro fiscal justificando maior cautela.

Na mesma toada, os juros futuros avançam até 8 pontos-base no miolo da curva. O diretor e analista líder para Brasil da S&P, Manuel Orozco, disse ao Valor que acha difícil a possibilidade de a agência sinalizar uma melhora do rating do país neste momento. “Não estamos vendo isso agora”, afirmou.

(Téo Takar)

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