[14/06/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

As bolsas em Nova York sinalizam pouco apetite por risco na tarde desta sexta-feira (14), após a presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, mandar um recado duro, há pouco. Por volta das 15h05, Dow Jones cedia 0,41%, S&P500 caia 0,25% e Nasdaq perdia 0,07%.

Em entrevista à Bloomberg, Mester disse que a inflação americana não deve atingir a meta de 2% antes de 2026. A declaração ajudou a reduzir a queda nos juros dos Treasuries (T-Note de 2 anos a 4,6939%).

O dado mais aguardado do dia, o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan frustrou as expectativas de alta para 73, ao recuar para 65,6 em junho, ante 69,1 em maio. A pesquisa mostrou que as expectativas de inflação em 12 meses ficaram inalteradas de maio para junho, em 3,3%.

O dólar segue em alta frente aos pares, com o índice DXY avançando 0,35%, especialmente diante do euro (-0,38%, a US$ 1,0698), que continua refletindo as incertezas sobre o quadro político na França.

Por aqui, o Ibovespa perdeu tração e voltou a operar no vermelho, cededno 0,23%, aos 119.294 pontos, enquanto o dólar retoma a trajetória de alta de 0,27%, a R$ 5,3830, fazendo com que os juros futuros se afastem das mínimas registradas mais cedo.

Pela manhã, o mercado doméstico chegou a repercutir com otimismo o encontro entre o ministro Fernando Haddad e banqueiros, para endossar o compromisso do governo com as contas públicas. Agora, a piora no clima externo prevalece sobre as negociações locais.

(Téo Takar)