Giro dos Mercados
Juros e dólar derretem após governo apoiar Haddad e reforçar compromisso com corte de gastos
[13/06/24] Da Redação do Bom Dia Mercado
Os juros futuros (DI) derretem nos vencimentos de médio e longo prazo (DI Jan/27 a 11,540%; DI Jan/31 a 12,120%) e o dólar recua a R$ 5,3653 (-0,76%) após a força-tarefa do governo para convencer o mercado de que corte de gastos continua sendo prioridade e de que não há nenhuma hipótese do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixar o governo.
Em uma entrevista coletiva convocada na hora do almoço, Haddad frisou que o governo está fazendo uma “revisão ampla, geral e irrestrita na agenda de gastos” para 2025, de forma a acomodar “as várias pretensões legítimas do Congresso, do Executivo”. “Mas sobretudo para garantir que tenhamos tranquilidade no ano que vem”, completou o ministro.
Presente na mesma coletiva, Simone Tebet endossou o discurso e afirmou que, diferentemente do ajuste via receitas, que começou a se exaurir em meio ao princípio de não ter aumento de carga tributária, existe hoje uma ampla margem para rever despesas.
Durante sua viagem na Europa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa de Haddad, afirmou que o ministro é “extraordinário”, que ele “tentou ajudar” os empresários a construírem uma alternativa à desoneração, mas “os mesmos empresários não quiseram”, então a bola agora está na mão deles e do Senado.
Até o vice-presidente, Geraldo Alckmin, reforçou o coro pró-Haddad hoje: “O ministro Fernando Haddad tem feito um bom trabalho e o governo é o governo do diálogo.”
Por volta das 15h15, o Ibovespa recuava 0,02%, aos 119.910 pontos, afastou-se das mínimas, mas permanece de lado, principalmente devido às ações da Petrobras .
Em Wall Street, as bolsas operam mistas, com Dow Jones recuando 0,31%, enquanto S&P500 avançava 0,05% e Nasdaq subia 0,14%, e os juros dos Treasuries recuam (T-Note de 2 anos a 4,6916%).
O humor vem após o Índice de Preços ao Produtor (PPI) ter ficado abaixo do esperado, reforçando a expectativa por um corte de juros do Federal Reserve em setembro.
(Téo Takar)