[07/08/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

Depois de estarem em forte alta na sessão, as bolsas em Wall Street viraram para o vermelho na tarde desta quarta-feira.

Os índices já vinham enfraquecendo depois do almoço, com a perda de fôlego das ações de tecnologia, e pioraram depois de um leilão de US$ 42 bilhões em notes de 10 anos, com juro acima do mercado e baixa demanda. Os rendimentos dos Treasuries aceleraram a alta.

Por volta das 15h, o Dow Jones tinha queda de 0,17%, o S&P 500 cedia 0,10% e o Nasdaq recuava 0,26%. O juro da note de 10 anos subia a 3,9511%, de 3,8933% ontem, com máxima de 3,9678%.

O movimento positivo da manhã, desencadeado pela sinalização de que o Banco do Japão (BoJ) não deve elevar juro enquanto durar a instabilidade do mercado, ainda sustenta o índice dólar. O DXY sobe 0,21%, a 103,189, puxado principalmente pela alta de 1,77% do dólar ante o iene, a 147,06/US$. Essa sinalização continua a fazer bem aos ativos domésticos, que não se abalaram com as perdas das bolsas em NY.

O Ibovespa sobe 0,47%, a 126.864 pontos, sustentado por papéis que se beneficiam da queda dos juros, como CVC (+7,02%), Magazine Luiza (+6,99%), MRV (+6,28%) e Pão de Açúcar (+5,96%). Esse grupo impede o recuo do Ibov mesmo com a queda das blue chips: bancos, Petrobras e Vale.

Com o iene derretendo, o real encontra espaço para valorização. O dólar à vista cai -0,77%, a R$ 5,6141, e os juros cedem de forma moderada, entre 0,04 e 0,05pp na maior parte da curva.

Aqui, a queda é limitada pelo IGP-DI de julho (0,83%), acima do teto das estimativas do mercado (+0,80%), que corrobora o tom duro da ata do Copom.

(Ana Conceição)