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Ata do Fed: Progresso na inflação justificaria corte de 0,25 pp em julho

Atualizado 21/08/2024 às 15:29:33

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Embora o Federal Reserve tenha optado por manter as taxas de juros inalteradas em julho, os dirigentes do banco central americano poderiam ter apoiado um primeiro corte já nesta reunião. É o que mostrou a ata da última reunião de política monetária do Fed.

“Apesar de vários [membros] tenham observado que os recentes progressos na inflação e aumentos na taxa de desemprego forneceram um argumento plausível para reduzir os juros em 25 pontos-base nesta reunião ou que poderiam ter apoiado tal decisão”, mostrou o documento.

A ata do Fed também destacou que os membros já considera apropriado iniciar o processo de flexibilização monetária ja em setembro. “Se os dados continuarem a chegar conforme o esperado, seria provavelmente apropriado flexibilizar a política [monetária] na próxima reunião”, destacou.

Um potencial corte de juros vem também com preocupações em relação ao mercado de trabalho, olhado muito de perto pelo Fed. Segundo a ata, alguns dirigentes veem risco de que enfraquecimento do emprego se torne deterioração.

Muitos membros, porém, notaram que cortar juros cedo ou tarde demais pode reverter progresso. Alguns dirigentes citaram risco de que choques venham a impulsionar inflação.

A ata do Fed mostrou que os membros do BC americano veem bons progresso na queda da inflação, mas alguns alertaram que pressões inflacionárias podem persistir.

“Sobre as perspectivas para inflação, os participantes consideraram que os dados recentes aumentaram a confiança de que a inflação estava progredindo de forma sustentável em direção [à meta de] 2%”, mostrou o documento.

Os mercados acionários sofreram pouca alteração após a divulgação da ata. Por volta das 15h25, Dow Jones subia 0,07%, S&P 500 avançava 0,41% e Nasdaq ganhava 0,55%. O dólar ampliou queda frente aos pares, com o índice DXY caindo 0,50%, aos 100,936 pontos, no menor valor desde julho de 2023.

Segundo dados do CME Group, as apostas para um corte de 0,50 ponto percentual aumentaram entre os investidores para 38,5,%, enquanto 61,5% ainda esperam queda de 0,25 pp. Na véspera, a expectativa de 0,50pp era de 29% e de 0,25pp era de 71%.

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