Muito aguardado pelo mercado nesta segunda-feira, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, falou que espera mais dois cortes nas taxas de juros neste ano, caso a economia americana evolua conforme o esperado. Segundo ele, seriam duas reduções de 25 pontos-base neste ano.

Caso o Fed faça mais dois cortes de 25 pb, os juros nos EUA terminariam o ano no intervalo entre 4,25% e 4,50%. Em falas na Associação Nacional de Economia Empresarial, Powell disse que haverá uma rodada importante de dados de emprego antes da reunião de novembro.

Até o encontro do Fomc no próximo mês, haverá diversos novos indicadores, principalmente relacionados ao mercado de trabalho, que se tornou o novo foco do duplo mandato do Fed. Esta semana, havera o payroll de setembro, além dos relatórios Jolts e ADP.

Powell comentou que a leitura do payroll de outubro poderá definir a escolha da autoridade monetária na próxima reunião. Apesar disso, o presidente do Fed reiterou que não está com pressa para cortar as taxas.

Após as falas de Powell, as apostas dos investidores mudaram de lado. Segundo dados do CME Group, cerca de 66,5% dos agentes do mercado acreditam em um corte de 25 pb no encontro de novembro, enquanto 33,5% ainda creem em redução de 50 pb.

As declarações da principal autoridade monetária do mundo também pesaram sobre os ativos nesta segunda. Por volta das 15h30, as bolsas em Wall Street aprofundaram as quedas (Dow Jones -0,73%; S&P 500 -0,46%; Nasdaq -0,58%), enquanto os Treasuries atingiram máximas, e o índice DXY (+0,50%) ganhou terreno.

Por aqui, o Ibovespa acompanhou a piora do humor no exterior e cede 0,53%, aos 132.021 pontos. O dólar avança 0,36% sobre o real, a R$ 5,4554, e os juros futuros também atingiram máximas.