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Não há perspectiva para upgrade do rating do Brasil, diz S&P a jornal

Atualizado 03/10/2024 às 13:34:50

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[03/10/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O diretor e analista líder para Brasil da S&P, Manuel Orozco, foi na contramão da visão da Moody’s e afirmou que mesmo com surpresas recentes em relação ao crescimento econômico brasileiro, não há perspectivas de uma melhora na nota de crédito do Brasil.

A atividade mais aquecida deveria sinalizar uma maior capacidade do país de estabilizar a dívida pública, o que não acontece no momento. “Parece difícil a possibilidade de começar a sinalizar a melhora do rating com uma perspectiva positiva para a nota do país. Não estamos vendo isso agora”, afirmou Orozco ao jornal Valor Econômico.

Atualmente, o S&P atribui nota “BB” ao rating soberano do Brasil, com perspectiva estável. Ele concorda que a atividade econômica brasileira tem surpreendido as estimativas de consenso há alguns anos. No entanto, o analista aponta que, em grande medida, a recuperação do crescimento local tem sido impulsionado por uma política fiscal expansionista.

Orozco afirmou que a agência de classificação de risco identificou surpresas de crescimento, puxadas pelo consumo, que vem bastante forte e que contribuiu para elevar a expectativa de crescimento do Brasil para 2,8% em 2024, frente à nossa projeção anterior, de 2%.

A grande dúvida, segundo Orozco, é se o Brasil tem espaço para sustentar uma política de gastos que cresce ao longo do tempo.

“Há um espaço limitado para manter essa política pró-cíclica. Já sinalizamos anteriormente que há efeito das reformas no PIB, mas que essa política de gastos dificulta os cortes de juros no futuro. O Brasil agora tem juros reais de curto e longo prazo bastante elevados, que devem dificultar um crescimento elevado no longo prazo”, apontou o diretor ao jornal.

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