Câmbio
Alívio com China dura pouco e dólar termina o dia em alta, com investidor cauteloso antes da posse de Trump
O dólar à vista fechou em alta nesta sexta-feira, após uma sessão volátil, com investidores reagindo a dados da China e demonstrando cautela na véspera da posse de Donald Trump.
O crescimento de 5,4% do PIB chinês em 2024, acima dos 5% prometidos pelo governo de Pequim, e outros números positivos da economia chinesa deram sustentação às moedas de países produtores de commodities na parte da manhã.
Porém, a proximidade de posse de Donald Trump, na segunda-feira, levou o mercado a manter a cautela. Ainda há dúvidas sobre quais medidas serão anunciadas logo no início do governo e também em relação à magnitude da prometida tarifa de importação, que pode gerar impacto inflacionário nos EUA, levando o Fed a encurtar seu ciclo de afrouxamento monetário.
Por aqui, o destaque ficou por conta da entrevista do ministro Fernando Haddad à CNN. Questionado sobre o atual patamar do câmbio, Haddad disse que “não compraria dólar acima de R$ 5,70, porque é caro para as condições de fundamento da economia brasileira”, mas acrescentou que “eu não sei onde o dólar vai estacionar, porque depende de várias variáveis”.
O dólar à vista fechou em alta de 0,20%, a R$ 6,0656, após oscilar entre R$ 6,0290 e R$ 6,0904. Na semana, a moeda recuou 0,60%. Às 17h15, o dólar futuro para fevereiro subia 0,29%, a R$ 6,0845.
O índice DXY tinha alta de 0,38%, aos 109,369 pontos. O euro caía 0,27%, a US$ 1,0274. E a libra perdia 0,59%, para US$ 1,2167.
(Téo Takar)