Câmbio
Dólar beira os R$ 6 com ajuda de Waller, mas Bessent eleva preocupação sobre planos de Trump
O dólar à vista encerrou a sessão em alta, depois de romper o piso dos R$ 6 por alguns instantes pela primeira vez em mais de um mês.
A virada do câmbio acompanhou o avanço do dólar frente às divisas emergentes, especialmente após a sabatina de Scott Bessent no Senado, indicado por Donald Trump para comandar o Tesouro americano. Ele deu novas pistas sobre como será o plano de tarifas do novo governo. Segundo ele, as tarifas serão para remediar práticas de comércio, como taxas sobre o aço da China; para aplicação geral, visando o aumento de receitas; e para substituir sanções em crises, como a do fentanil.
As declarações de Bessent acabaram apagando os efeitos da fala do diretor do Fed Christopher Waller, de que é possível o Fed fazer três ou quatro cortes de juros neste ano, a depender dos dados, e que uma redução em março não está descartada.
O dólar à vista fechou em alta de 0,47%, a R$ 6,0533, após oscilar entre R$ 5,9960 e R$ 6,0706. Às 17h22, o dólar futuro para fevereiro subia 0,61%, a R$ 6,0705.
No exterior, o DXY caía 0,09%, aos 108,992 pontos. O euro subia 0,07%, para US$ 1,0300. E a libra recuava 0,10%, para US$ 1,2230.
(Téo Takar)