Câmbio
Dólar corrige alta recente sem reação de Israel e com aviso do BC de que não vai intervir no câmbio pelo risco fiscal
O dólar passou por correção e devolveu hoje parte da alta acumulada de quase 3% em dois dias, acompanhando o movimento de alívio da moeda americana frente aos pares no exterior e o recuo nos juros dos Treasuries. A demora de Israel em responder aos ataques do Irã ajudou a reduzir o clima de tensão nos mercados, ainda que temporariamente. Investidores também consideraram que o cenário de juros altos nos EUA por mais tempo e a piora do quadro fiscal doméstico já estão precificados.
Declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, descartando uma intervenção no câmbio, apesar da alta recente, também foram bem-vistas pelo mercado. Ele afirmou que “não reagimos à reprecificação do nosso prêmio de risco com intervenção no câmbio”, citando a “revisão fiscal” anunciada pelo governo na 2ªF, com piora das metas de resultado fiscal para os próximos anos.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,47%, a R$ 5,2439, após oscilar entre R$ 5,2198 e R$ 5,2844. Às 17h02, o dólar futuro para maio caía 0,88%, a R$ 5,2485. Lá fora, o índice DXY recuava 0,30%, aos 105,934 pontos. O euro subia 0,53%, para US$ 1,0672. E a libra ganhava 0,22%, a US$ 1,2454. (Téo Takar)
