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Dólar devolve estresse da semana com certeza de corte de juros pelo Fed em setembro

Atualizado 23/08/2024 às 18:16:35

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[23/08/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O dólar devolveu nesta sexta-feira boa parte da alta acumulada ao longo da semana, especialmente ontem.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, restabeleceu o apetite dos investidores pelo risco ao afirmar que “chegou a hora” de corrigir o rumo da política monetária americana, chancelando o primeiro corte de juros na próxima reunião do Fomc, em setembro.

Declarações de outros membros do Fed também reforçaram o otimismo do mercado, que ampliou de 24,0% para 36,5% as apostas em uma redução de 50 pb, embora a expectativa de corte de 25 pb continue majoritária (63,5% hoje, contra 76,0% ontem), segundo levantamento do CME.

Austan Goolsbee (Fed de Chicago) disse que há um amplo acordo no Fomc de que haverá múltiplos cortes de juros em 2024 e 2025, mas ele evitou se comprometer com o tamanho da redução. Patrick Harker (Filadélfia) disse que o Fed deve começar com um corte de 25 pb, mas depois, o ritmo de afrouxamento será ditado por dados.

Por aqui, o dólar também caiu com força diante do real, após as incertezas provocadas por declarações de diretores do BC, indicando que o Copom necessariamente teria que subir os juros na próxima reunião.

Em entrevista no Globo, o economista Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, ponderou que a certeza de corte dos juros pelo Fed gera alívio no câmbio e, consequentemente, nas expectativas de inflação, tirando pressão do Copom.

O dólar à vista fechou em baixa de 1,99%, a R$ 5,4794, após oscilar entre R$ 5,4749 e R$ 5,5830. Na semana, a moeda subiu 0,21%. Às 17h03, o dólar futuro para setembro recuava 2,18%, a R$ 5,4850.

Lá fora, o índice DXY caía 0,80%, para 100,696 pontos. O euro subia 0,71%, a US$ 1,1190. E a libra ganhava 0,90%, a US$ 1,3209.

(Téo Takar)

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