Câmbio
Dólar devolve ganhos no dia com ataque "fraco" de Israel, mas termina semana em alta com recado duro do Fed
O dólar hoje devolveu parte da alta acumulada frente ao real nesta semana, com investidores estrangeiros mostrando maior apetite por ações locais, especialmente Petrobras, e também de olho no diferencial favorável de juros na renda fixa, após o mercado revisar para cima as apostas para a Selic no fim do ciclo atual de afrouxamento do Copom.
Lá fora, o dólar também mostrava algum alívio frente aos pares, após o ataque direto de Israel ao Irã durante a madrugada. A ação foi considerada “limitada”, causando poucos estragos, e não deve gerar nova reação por parte do Irã, ao menos por enquanto. A exceção do dia era a libra, que caía forte frente ao dólar, após declaração do vice-presidente do BoE, Dave Ramsden, de que está menos preocupado com a inflação no Reino Unido do que nos meses anteriores, um sinal de que pode estar disposto a apoiar cortes nas taxas de juro.
No saldo da semana, porém, a moeda acumulou ganhos, refletindo principalmente as declarações de membros do Fed, de que os juros americanos terão de permanecer elevados por mais tempo para fazer frente à inflação. O dólar à vista fechou em baixa de 0,97%, a R$ 5,1994, após oscilar entre R$ 5,1856 e R$ 5,2779.
Na semana, a moeda subiu 1,53%. Às 17h04, o dólar futuro para maio caía 0,77%, a R$ 5,2050. Lá fora, o índice tinha leve queda de 0,02%, aos 106,133 pontos. O euro subia 0,09%, para US$ 1,0654. E a libra caía 0,55%, a US$ 1,2370. (Téo Takar)