Câmbio
Dólar dispara com bate-boca de Trump com Zelensky e escolha de Gleisi para articulação política do governo

O dólar fechou em forte alta diante do real nesta sexta-feira, acompanhando o avanço da moeda americana sobre os pares no exterior, após o encontro tenso entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, e refletindo também o desconforto dos investidores domésticos com a escolha de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais.
O dólar, que já vinha em alta desde cedo por causa da postura defensiva do mercado antes do feriado prolongado de Carnaval, que terá na terça-feira o início do tarifaço de Trump sobre produtos do Canadá, México e China, acentuou o movimento no início da tarde com a confirmação pelo Planalto de que o presidente Lula escolheu a atual presidente do PT para cuidar da articulação política do governo no Congresso.
No meio da tarde, a moeda disparou com o surpreendente bate-boca público entre Trump, Zelensky e JD Vance no Salão Oval da Casa Branca. As autoridades americanas disseram que o líder ucraniano desrespeitou os EUA. E Zelensky saiu de lá sem assinar o acordo para fornecer minerais raros aos EUA, que seria uma das etapa para um acordo de paz da Ucrânia com a Rússia.
O dólar à vista fechou em alta de 1,50%, a R$ 5,9163, após oscilar entre R$ 5,8235 e R$ 5,9178. A moeda subiu 3,24% na semana e ganhou 1,37% em fevereiro. Às 17h32, o dólar futuro para abril subia 0,87%, a R$ 5,9280.
Lá fora, o índice DXY avançava 0,36%, aos 107,628 pontos. O euro caía 0,27%, a US$ 1,0365. E a libra perdia 0,26%, a US$ 1,2571.
(Téo Takar)