Câmbio
Dólar ensaia correção e segue abaixo dos R$ 5, com ajuda do ambiente político e de sinalizações da China
O dólar ignorou a volatilidade nas bolsas e nos juros futuros e fechou perto da estabilidade pelo segundo dia seguido, apoiado na recuperação dos preços das commodities lá fora e na melhora do ambiente político aqui. A intervenção do BC da China no câmbio local e a sinalização de apoio ao setor imobiliário do país deram suporte aos preços das commodities nesta 5ªF, colaborando para a valorização das moedas de países produtores.
Aqui, além do espaço para correção, após o dólar acumular alta de 5% neste mês, a moeda apontou para baixo já no início dos negócios, repercutindo as informações sobre o encontro de Lula e Arthur Lira, ontem à noite. Eles teriam chegado a um acordo para a reforma ministerial que visa acomodar as demanda do Centrão, abrindo espaço para acelerar votações relevantes para o governo na Câmara, como a taxação de offshores e o arcabouço fiscal.
À tarde, a moeda se afastou das mínimas, refletindo a busca por proteção nos demais mercados, diante das incertezas sobre o quadro econômico da China e dos próximos passos do Fed. O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,10%, a R$ 4,9814, após oscilar entre R$ 4,9598 e R$ 4,9959. Às 17h02, o dólar futuro para setembro recuava 0,17%, para R$ 4,9945. Lá fora, o índice DXY operava estável (-0,01%), aos 103,423 pontos. O euro caía 0,10%, para US$ 1,0871. E a libra subia 0,11%, para US$ 1,2745. (Téo Takar)
