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Dólar fecha de lado, mas já acumula 1,5% de alta na semana, em meio a correção de apostas para Fed e risco fiscal

Atualizado 18/01/2024 às 17:14:42

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[18/01/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O dólar voltou a subir frente ao real e às principais moedas nesta 5ªF, mas perdeu força no fim da sessão, acompanhando a melhora das bolsas americanas.

Depois de três dias seguidos de alta, acumulando ganho de 1,5%, a moeda parece estar perto de um equilíbrio, conforme o mercado se ajusta a um novo cenário para o ciclo de afrouxamento monetário do Fed.

Hoje, foi a vez do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, dar mais uma pista sobre os próximos passos do BC americano, ao afirmar que os cortes só devem começar no terceiro trimestre, e não em março como deseja o mercado.

Uma nova rodada de indicadores acima do esperado também colaborou para manter o viés de alta da moeda americana, assim como dos juros dos Treasuries. Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram 16 mil na semana passada, para 187 mil, abaixo da previsão de 205 mil solicitações. Já as construções de moradias iniciadas caíram 4,3% em dezembro, bem menos que o previsto (-8,1%).

O ambiente doméstico também pressiona o câmbio, com o risco fiscal no radar. Ontem à noite, o TCU alertou o governo sobre o risco de não cumprir a meta fiscal zero e estimou um déficit nas contas de até R$ 55,3 bilhões neste ano.

O mercado também espera pelo desfecho da reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, para tratar do impasse sobre a MP da reoneração da folha.

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,02%, a R$ 4,9311, após oscilar entre R$ 4,9130 e R$ 4,9555. Às 17h03, o dólar futuro para fevereiro caía 0,14%, a R$ 4,9390.

Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,07%, aos 103,521 pontos. O euro caía 0,19%, para US$ 1,0862. E a libra subia 0,07%, a US$ 1,2686. (Téo Takar)

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