[30/08/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O dólar à vista encerrou a última sessão de agosto próximo da casa dos R$ 5,64 nesta sexta-feira, após um dia de intensa volatilidade, que contou com duas intervenções do Banco Central no câmbio, declarações duras do presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre o mercado de juros, e ainda a tradicional briga pela formação da ptax do mês.

Diante da expectativa de uma saída de US$ 1 bilhão do mercado local por causa do ajuste na carteira teórica do índice MSCI Brazil, o BC decidiu fazer pela manhã um leilão de moeda à vista, algo que não acontecia desde abril de 2022, injetando US$ 1,5 bilhão no mercado.

À tarde, a autoridade voltou a intervir, desta vez oferecendo US$ 1,5 bilhão em novos contratos de swap cambial, mas colocou apenas pouco mais metade da oferta (US$ 765 milhões).

Já Campos Neto foi direto ao ponto ao afirmar que o “prêmio de risco na parte curta da curva não é compatível com a mensagem da ata” do Copom. Ele insistiu que o ajuste dos juros, “se houver”, será gradual.

Lá fora, o dólar operou em alta frente aos pares após a inflação medida pelo PCE de julho (+0,2%) vir em linha com o esperado. Declarações de membros do Banco Central Europeu apoiando um novo corte de juros ajudaram a enfraquecer o euro.

O dólar à vista fechou em alta de 0,21%, a R$ 5,6350, após oscilar entre R$ 5,5754 e R$ 5,6919. A moeda acumulou alta de 2,84% na semana, mas recuou apenas 0,36% em agosto. No ano, o dólar sobe 16,10%. Às 17h05, o dólar futuro para outubro subia 0,07%, a R$ 5,6530.

Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,32% (101,671 pontos). O euro recuava 0,21% (US$ 1,1055). E a libra caía 0,25% (US$ 1,3135).

(Téo Takar)