[05/01/2024] Da Redação do Bom Dia Mercado

O dólar à vista fechou em queda nesta 6ªF, com o mercado ponderando os dados do payroll e outros indicadores nos EUA. O dado do mercado de trabalho americano veio bem acima do esperado (216 mil contar 175 mil vagas), mas as revisões dos dois meses anteriores tiraram 71 mil empregos da conta, o que mais que compensou a surpresa inicial. O dólar subiu logo após o dado, mas arrefeceu e passou a cair com mais ênfase depois do PMI de serviços dos EUA medido pelo ISM vir abaixo (50,6) do esperado (52,6) em dezembro. As encomendas à indústria, por sua vez, subiram 2,8% em nov/out, de uma expectativa de +1,8%. A leitura combinada é que a economia americana segue forte, mas em desaceleração. A secretária do Tesouro, Janet Yelle, afirmou que a economia já está em pouso suave. No monitoramento do CME as apostas para corte de juros em março seguiram majoritárias: 65%. Além dos dados, o petróleo Brent, que chegou a registrar ganhos acima de 2%, beneficiou o câmbio de países exportadores, como o Brasil. O Mdic divulgou hoje que o país teve saldo recorde na balança comercial de 2023, de US$ 98,8 bilhões, puxado pelas commodities, e previu um resultado pouco menor para este ano, de US$ 94,4 bilhões. Para a CM Capital, o saldo ainda será forte e balança de 2024 ajudará o câmbio a não subir muito. A casa vê o dólar pouco acima de R$ 5 neste ano. No fechamento, a moeda à vista caiu 0,73%, a R$ 4,8722. Na semana, teve leve alta de 0,39%. Às 17h10, o dólar para fevereiro tinha queda de 0,42%, a R$ 4,8935. O índice DXY diminuía as perdas a -0,02%, a 102,403. O euro tinha leve queda de 0,03%, a US$ 1,0944, mas a libra subia 0,31%, a US$ 1,2721. O dólar avançava 0,06% ante o iene, a 144,691 ienes/US$. (Ana Conceição)