Câmbio

Dólar fecha em leve baixa após Powell falar mais do mesmo; na semana, moeda recuou 1,9%

Atualizado 25/08/2023 às 17:08:31

O dólar fechou em baixa perante o real nesta 6ªF, após uma sessão volátil, por conta das declarações de Jerome Powell em Jackson Hole. A moeda chegou a testar os R$ 4,90 logo após a fala do presidente do Fed, de que os juros ainda podem subir mais nos EUA, se for necessário, para a inflação convergir para a meta. “Vamos manter os juros em nível restritivo até estarmos confiantes de que a inflação apresenta queda sustentável rumo à meta de 2%”, afirmou.

Depois do susto, o mercado se acomodou, avaliando que Powell não mudou o discurso e apenas disse mais do mesmo, ainda que em um tom um pouco mais duro. No meio da tarde, foi a vez da presidente do BCE, Christine Lagarde, endurecer o tom em relação à inflação na zona do euro: “Manteremos juros restritivos pelo tempo necessário para levar a inflação à meta”, afirmou Lagarde em sua palestra em Jackson Hole. A fala, porém, não ajudou o euro a reduzir a baixa frente ao dólar.

No cenário doméstico, mereceu atenção o dado de inflação medido pelo IPCA-15, que veio acima do esperado pelos economistas, afastando a possibilidade de o Copom acelerar o ritmo de afrouxamento da Selic. O mercado de câmbio também monitorou o Investimento Direto no País (IDP), que somou US$ 4,244 bilhões em julho, número considerado fraco. Dados da B3 mostram que o estrangeiro segue desmontando posições em ações brasileiras, com retirada de R$ 1,06 bilhão na última 4ªF. No mês, o fluxo já está negativo em R$ 11,868 bilhões.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,09%, a R$ 4,8756, após oscilar entre R$ 4,8581 e R$ 4,9009. Na semana, a moeda recuou 1,86%. Às 17h02, o dólar futuro para setembro caía 0,15%, a R$ 4,8815. Lá fora, o índice DXY subia 0,16%, para 104,150 pontos. O euro operava em baixa de 0,14%, a US$ 1,0800. E a libra caía 0,14%, para US$ 1,2588. (Téo Takar)

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