O dólar à vista fechou perto da estabilidade frente ao real, após de operar durante boa parte da sessão em baixa, acompanhando movimento de correção visto em outras moedas emergentes. Depois de subir por três dias seguidos e acumular ganho de mais de 5% em agosto, investidores embolsaram ganhos no câmbio, na esteira da melhora do ambiente político doméstico.

O mal-estar provocado por declarações do ministro Fernando Haddad no começo da semana foi superado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, que sinalizou ontem à noite que finalmente colocará o arcabouço fiscal em votação final na próxima semana. Lá fora, o dólar ensaiou alívio frente aos pares pela manhã, após os dados de crescimento do PIB da zona do euro dentro do esperado, de produção industrial do bloco acima do previsto e a desaceleração da inflação no Reino Unido.

Mas a história virou à tarde, após a Ata do Fed mostrar que os membros do BC americano seguem preocupados com a inflação e que não descartam novas altas dos juros, a depender dos próximos dados. O documento, porém, não alterou as apostas do mercado de que haverá uma nova pausa no aperto na reunião de setembro.

O dólar à vista fechou praticamente estável (-0,01%), a R$ 4,9864, após oscilar entre R$ 4,9510 e R$ 4,9924. O dólar futuro para setembro subia 0,01%, para US$ 5,0015. Lá fora, o índice DXY subia 0,28%, para 103,493 pontos. O euro recuava 0,27%, para US$ 1,0876. E a libra ganhava 0,16%, para US$ 1,2722. (Téo Takar)