Câmbio
Dólar quebra novo recorde com incerteza fiscal, ausência do BC e Fed anunciando menos corte em 2025
O BC não apareceu no mercado hoje e o dólar à vista subiu sem dificuldades nesta quarta-feira, com o risco fiscal pautando os negócios até as 16h e, a partir daí, a decisão dura do Fed fortalecendo a moeda americana de forma global.
Lá fora, o BC americano mostrou que será mais cauteloso daqui para frente, levando em conta que a economia dos EUA segue aquecida, a inflação permanece resistente e ainda há preocupação com as propostas inflacionárias de Trump.
O gráfico de pontos mostrou que a maioria dos membros do Fed espera apenas dois cortes de 25 pb em 2025. “Decisão de hoje foi certa, mas ritmo de cortes de juros será mais lento adiante”, disse Jerome Powell.
Por aqui, a declaração do ministro Fernando Haddad, de que o país pode estar sofrendo um ataque especulativo, só piorou o clima doméstico, com investidores ainda preocupados com o risco de desidratação das medidas apresentadas pelo governo.
O dólar à vista fechou em cotação recorde de R$ 6,2657, com alta de 2,78%, maior valorização em um dia desde 10/11/2022 (+4,10%). Na máxima, a moeda carimbou outro recorde intradia, de R$ 6,2707.
Às 17h15, o dólar futuro para janeiro subia 2,78%, a R$ 6,2815.
Lá fora, o índice DXY disparava 1,01%, para 108,035 pontos. O euro caía 1,30%, a US$ 1,0357. E a libra perdia 1,11%, a US$ 1,2572.
(Téo Takar)