Câmbio
Dólar rompe os R$ 5 com avanço do petróleo colocando mais pressão sobre o Fed
O dólar subiu com força pelo terceiro dia seguido e rompeu o teto psicológico dos R$ 5, com investidores em busca de proteção na moeda, em meio ao clima turbulento no exterior. A fuga dos ativos de risco e o avanço da moeda e dos juros dos Treasuries ocorreram em meio a novas declarações de membros do Fed e da disparada do petróleo, que reforçaram a perspectiva de juros elevados por mais tempo nos EUA. Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis, voltou a afirmar que há um risco de que os juros precisem subir mais se os aumentos já implementados não desacelerarem a economia como se espera. Por enquanto, ele prevê mais uma alta de 0,25pp. Ele também comentou que o nível neutro dos juros pode ter subido nos EUA após a pandemia.
Já o petróleo disparou hoje, gerando mais pressão inflacionária. Os estoques em Cushing estão perto do nível mínimo operacional, o que provocou um salto no preço do WTI. Por aqui, operadores comentaram que o avanço da moeda também foi influenciado pela briga de formação da ptax de setembro, além de antecipação da demanda para as remessas de fim de ano de empresas, de olho em uma taxa mais favorável agora. O dólar à vista fechou em alta de 1,22%, a R$ 5,0478, após oscilar entre R$ 4,9888 e R$ 5,0795. Às 17h08, o dólar futuro para outubro ganhava 1,16%, a R$ 5,0495. Lá fora, o índice DXY subia 0,42%, aos 106,681 pontos. O euro caía 0,65%, a US$ 1,0503. E a libra perdia 0,17%, a US$ 1,2136. (Téo Takar)