Câmbio
Dólar segue exterior e registra maior sequência de baixas desde a criação do real, em 1994
O dólar à vista fechou em baixa perante o real pela 12ª sessão seguida, na maior sequência de quedas da moeda americana desde o lançamento do real, em julho de 1994. Somente neste ano, a moeda já recuou 6,6%.
O câmbio doméstico acompanhou a desvalorização do dólar globalmente, após Donald Trump decidir suspender por 30 dias o início de aplicação de tarifas aos produtos do Canadá e do México e sinalizar disposição em conversar com o presidente da China, Xi Jinping, para tentar buscar um acordo sobre a questão comercial.
Por aqui, a recuperação do real encontrou suporte também na Ata do Copom, que veio com tom mais firme do que o comunicado, indicando que o BC continuará atuando depois de março, elevando a Selic ao nível que for necessário para a inflação convergir para a meta, o que sugere um ‘carry trade’ ainda mais favorável para o investidor estrangeiro nos próximos meses.
O dólar à vista fecha em baixa de 0,75%, a R$ 5,7724, na menor cotação desde 19 de novembro, após oscilar entre R$ 5,7573 e R$ 5,8269. Às 17h20, o dólar futuro para março recuava 0,69%, para R$ 5,7970.
Lá fora, o índice DXY caía 0,95%, aos 107,958 pontos. O euro subia 0,23%, a US$ 1,0382. E a libra ganhava 0,71%, a US$ 1,2481. O dólar também se enfraquecia diante do peso mexicano (-0,66%, a 20,53 pesos/US$) e do dólar canadense (-1,46%, a 1,431 CAD/US$).
(Téo Takar)