Câmbio
Dólar sobe antes da reunião do Fed e acumula alta de 3,5% em abril
O dólar registrou forte alta frente ao real nesta última sessão de abril, seguindo a tendência de valorização da moeda americana frente aos pares no exterior, após o mercado considerar cada vez menos provável que o Fed comece ar cortar os juros antes do fim deste ano.
A piora na percepção dos investidores sobre o ciclo de afrouxamento monetário foi provocada pelo dado de custo do emprego (ECI, na sigla em inglês) do primeiro trimestre, que cresceu 1,2% em relação ao quarto trimestre, bem acima dos 0,9% previstos pelos economistas.
Em termos anualizados, a alta dos salários foi de 4,2%, o que aponta para uma inflação persistente e estagnada bem acima da meta de 2% do Fed. A piora externa se juntou à típica volatilidade de fim de mês, provocada pela formação da ptax e rolagem de contratos futuros.
Por aqui, números fortes do mercado de trabalho provocaram uma reprecificação dos juros futuros, com menor efeito sobre o câmbio. Investidores acreditam que o Copom terá de encerrar o ciclo de cortes da Selic mais cedo diante dos fatores de pressão inflacionária, além do cenário externo adverso.
O dólar à vista fechou em alta de 1,51%, a R$ 5,1923, após oscilar entre R$ 5,1159 e R$ 5,1938. No mês, a moeda acumulou alta de 3,53%; no ano, sobe 6,98%. A Ptax fechou a R$ 5,1718, com altas de 1,10% no dia, 3,51% em abril e 6,82% no ano. Às 17h06, o dólar futuro para junho subia 1,36%, a R$ 5,2050.
Lá fora, o índice DXY avançava 0,66%, aos 106,275 pontos. O euro caía 0,46%, a US$ 1,0672. E a libra perdia 0,53%, a US$ 1,2495.
(Téo Takar)