[22/08/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

Depois de atingir o menor patamar do ano diante de outras moedas fortes, o dólar reagiu nesta quinta-feira e acompanhou a alta dos juros dos Treasuries, refletindo um ajuste no otimismo do mercado sobre o ritmo da flexibilização do Federal Reserve.

Já está claro que o corte começará em setembro, mas boa parte dos investidores acreditava que o banco central americano poderia anunciar uma redução de 0,50 ponto percentual já na largada.

Novos dados de atividade (PMI) divulgados hoje mostraram que a economia americana segue aquecida e que o Fed provavelmente será mais cauteloso, com um corte de apenas 25 pb.

Susan Collins, presidente do Fed de Boston, defendeu hoje que “um ritmo gradual de cortes é provavelmente apropriado”.

Por aqui, o dólar subiu forte perante o real e encostou nos R$ 5,60, influenciado pelo cenário externo e também pelo desconforto do mercado com o ruído de comunicação dentro do Banco Central.

Gabriel Galípolo aproveitou sua aparição pública hoje para “reafirmar todas as suas falas dos últimos dias”, vistas pelos investidores como um sinal de alta iminente da Selic. Galípolo disse que o “balanço de riscos assimétrico” para a inflação não está “relacionado a um guidance”.

Ele disse também que “discorda que suas frases recentes colocaram o BC no ‘corner’”, ou seja, que o Copom seria obrigado a elevar a Selic e negou que suas declarações representam “dissonância” com as falas dos demais diretores do BC.

O dólar à vista fechou em alta de 1,98% a R$ 5,5904, após oscilar entre R$ 5,4813 e R$ 5,5955. Às 17h01, o dólar futuro para setembro avançava 1,97%, a R$ 5,5920. Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,50%, para 101,544 pontos. O euro recuava 0,35%, a US$ 1,1109. E a libra caía 0,02%, para US$ 1,3086.

(Téo Takar)