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Dólar sobe com fala de Lula elevando risco fiscal

Atualizado 28/06/2024 às 17:21:40

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[28/06/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O dólar encostou nos R$ 5,60 nesta sexta-feira, com investidores buscando proteção na moeda americana neste fim de semestre em meio a novos ruídos de Brasília que levaram à piora da percepção do risco fiscal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao centro das atenções ao reforçar sua posição contra cortes de gastos. Ele afirmou que não vai mexer na aposentadoria de militares. Também reiterou os ataques ao Banco Central ao dizer que haverá uma “nova filosofia” na instituição quando ele indicar o novo presidente, que assumirá no ano que vem.

Mais cedo, o número do déficit primário do setor público consolidado também não ajudou, ao marcar R$ 63,895 bilhões em maio, acima dos R$ 59 bilhões esperados. Foi o pior resultado das contas públicas para o mês desde 2020.

Lá fora, o dólar recuou levemente sobre os pares, inclusive diante de algumas divisas emergentes, com o mercado cogitando novamente a chance um corte de juros pelo Federal Reserve em setembro, após a inflação medida pelo PCE em maio vir dentro das previsões.

O otimismo, porém, esfriou à tarde com as declarações da diretora do Fed Michelle Bowman: “Não alcançamos nossa meta de inflação e seguiremos trabalhando para cumpri-la”, afirmou.

O dólar à vista fechou em alta de 1,47%, a R$ 5,5883, após oscilar entre R$ 5,4843 e R$ 5,5990, atingindo a maior cotação intraday desde 12 de janeiro de 2022 (R$ 5,6007). Na semana, a moeda avançou 2,71%.

Em junho, a alta foi de 6,43% e no 1º semestre, o ganho chegou a 15,14%. Às 17h14, o dólar futuro para agosto subia 1,48%, a R$ 5,6090. Lá fora, o índice DXY tinha leve queda de 0,02%, aos 105,884 pontos. O euro subia 0,06%, para US$ 1,0711. E a libra operava estável (+0,01%), a US$ 1,2642.

(Teo Takar)

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