Câmbio
Dólar sobe com saída de gringos em meio a risco fiscal e juro nos EUA
O dólar à vista voltou a subir perante o real nesta segunda-feira, na contramão do movimento da moeda americana no exterior.
A tendência de o Federal Reserve manter os juros altos nos Estados Unidos por mais tempo e a preocupação com o cenário fiscal doméstico mantiveram o câmbio pressionado, mesmo após as declarações dos ministros Fernando Haddad e Simone Tebet, sinalizando disposição do governo em rever os gastos.
Operadores relataram nova saída de investidores estrangeiros, especialmente da bolsa, em uma sessão de liquidez reduzida no câmbio, o que colaborou para acentuar a alta do dólar.
Lá fora, o dólar teve um dia de correção, devolvendo parte dos ganhos recentes, especialmente diante do euro, após a extrema-direita na França sinalizar disposição em trabalhar com o presidente Emmanuel Macron, caso conquiste a maioria das cadeiras do Parlamento, em vez de tentar tirá-lo do poder.
Nos EUA, Patrick Harker (presidente do Fed de Filadélfia), disse que é “apropriado” um corte de juros até o fim do ano, mas não descartou a possibilidade de dois ou mesmo nenhum corte, dependendo dos dados.
O dólar à vista fechou em alta de 0,74%, a R$ 5,4219, após oscilar entre R$ 5,3734 e R$ 5,4305. Às 17h04, o dólar futuro para julho subia 0,80%, a R$ 5,4255. Lá fora, o índice DXY recuava 0,20%, aos 105,341 pontos. O euro subia 0,27%, a US$ 1,0733. E a libra ganhava 0,14%, a US$ 1,2704.
(Téo Takar)