Câmbio
Dólar sobe em meio à pressão do petróleo e risco de recessão global
O dólar fechou em alta frente ao real e às principais moedas globais nesta 3ªF, refletindo o tom de cautela dos investidores com o avanço nos preços do petróleo e com novos indicadores de atividade (PMIs), que apontaram contração no setor de serviços na Europa e na China, acendendo novamente o alerta para o risco de uma recessão global. O petróleo reagiu à confirmação de que Rússia e Arábia Saudita seguirão com cortes voluntários de produção até o fim do ano. O movimento tende a pressionar os preços dos combustíveis e dificultar os planos do Fed de encerrar logo o ciclo de aperto monetário nos EUA.
Para completar o quadro de alta para o dólar e os juros dos Treasuries, a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse hoje que o problema da economia americana continua sendo a inflação alta e, por isso, o Fed pode precisar “ir um pouco além” no aperto monetário para alcançar a meta de 2%. No cenário doméstico, investidores também adotaram uma postura defensiva por causa da indefinição sobre reforma ministerial e as incertezas sobre o cumprimento da meta fiscal de déficit zero em 2024. O dólar à vista fechou em alta de 0,82%, a R$ 4,9754, após oscilar entre R$ 4,9555 e R$ 4,9865. Às 17h01, o dólar futuro para outubro subia 0,70%, para R$ 4,9940. Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,67%, aos 104,813 pontos. O euro caía 0,69%, a US$ 1,0720. E a libra perdia 0,53%, a US$ 1,2562. (Téo Takar)