Câmbio

Dólar sobe pelo 4º dia seguido em meio a quadro de mais aperto nos EUA e incertezas sobre votações

Atualizado 06/07/2023 às 17:19:33

O dólar chegou ao seu 4º dia seguido de alta perante o real, pressionado pelas expectativas de um aperto monetário ainda mais duro nos EUA e pelas incertezas sobre o avanço da pauta econômica do governo na Câmara. Lá fora, o dado da ADP de geração de empregos nos EUA veio muito acima do esperado. Da mesma forma, os índices de atividade (PMIs) do setor de serviços americano seguiram aquecidos.

A combinação de economia ainda muito aquecida com inflação persistente e muito acima da meta levou o mercado a rever para cima as apostas de aperto monetário, ganhando força a expectativa de pelo menos duas altas de 25 pb pelo Fed até o fim do ano. O dólar só não avançou frente aos pares no exterior por causa da avaliação de que BCE e BoE terão que ser ainda mais duros em suas políticas monetárias. Tal percepção ganhou força após a fala do presidente do BC alemão, Joachim Nagel, de que, “atualmente, não vejo perigo de aperto excessivo”.

Aqui, o foco seguiu em Brasília, onde a aprovação da reforma tributária ainda é dúvida, enquanto as votações dos projetos do Carf e do arcabouço fiscal devem ficar na gaveta até agosto, depois do recesso parlamentar. O dólar à vista fechou em alta de 1,64%, a R$ 4,9299, depois de oscilar entre R$ 4,8428 e R$ 4,9506. Às 17h05, o dólar futuro para agosto subia 1,74%, para R$ 4,9570. Lá fora, o DXY caía 0,23%, para 103,139 pontos. O euro subia 0,28%, para US$ 1,0886. E a libra ganhava 0,26%, a US$ 1,2737. (Téo Takar)

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