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Dólar sobe quase 3% em 2 dias com risco fiscal, tensão no Oriente Médio e Fed sem pressa para cortar juros

Atualizado 16/04/2024 às 17:24:13

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O dólar teve mais uma sessão de forte alta frente ao real, refletindo a busca dos investidores por proteção em meio a um cenário de incertezas sobre os conflitos no Oriente Médio, expectativa de manutenção do juros elevados nos EUA por mais tempo e incômodo com o risco fiscal doméstico após o governo anunciar mudanças nas metas para os próximos anos.

O noticiário do dia trouxe declarações de Jerome Powell, indicando que o Fed não tem nenhuma pressa para começar a cortar os juros nos EUA. “Se inflação mais alta persistir, podemos manter juros estáveis por mais tempo”, afirmou Powell à tarde, praticamente repetindo a frase dita mais cedo pelo vice-presidente do Fed, Philip Jefferson. Também pesaram contra as moedas emergentes hoje a queda nos preços do minério de ferro e os números divergentes da economia chinesa, com PIB acima do esperado, mas produção industrial e vendas no varejo mais fracos.

Por aqui, o foco ficou sobre as declarações dadas por Fernando Haddad nos bastidores da reunião do FMI, sobre a nova meta fiscal de 2025. Segundo ele, o “ajuste na meta está alinhado ao que se espera no médio prazo de estabilidade da dívida”. Ele chamou atenção para a necessidade uma nova reforma da previdência e lembrou que o governo precisa “controlar as despesas”.

O dólar à vista fecha em alta de 1,61%, a R$ 5,2688, após oscilar entre R$ 5,1985 e R$ 5,2875 Somente nesta semana, o dólar já subiu quase 3%. Às 17h04, o dólar futuro para maio avançava 1,63%, a R$ 5,2790. Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,12%, aos 106,336 pontos. O euro caía 0,04%, a US$ 1,0620. A libra recuava 0,11%, a US$ 1,2430. (Téo Takar)

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