Câmbio

Dólar vai a R$ 4,93 com clima externo ruim e o retorno do risco fiscal na mensagem do Copom

Atualizado 21/09/2023 às 17:08:20

O dólar avançou diante do real nesta 5ªF, acompanhando a tendência de fortalecimento da moeda americana no exterior, com os investidores ainda repercutindo a decisão do Fed. Embora tenha mantido as taxas na reunião de ontem, o BC americano deixou a porta aberta para mais um aumento de juros até o fim do ano, além de sinalizar que as taxas deverão permanecer em nível elevado por mais tempo para fazer frente à inflação ainda elevada e à economia ainda aquecida.

O Fed não esteve sozinho ao defender a tese do “higher for longer”. O BoE surpreendeu hoje ao não mexer nos juros em uma decisão apertada, mas também indicou que os juros terão de ficar “suficientemente restritivos por período suficientemente longo”. Suécia, Noruega e Turquia subiram suas taxas hoje. BCE e o BC da Rússia já tinham elevado na semana passada. Aqui, embora tenha seguido na direção contrária do resto do mundo, o Copom deixou claro que não há espaço para acelerar o ritmo de afrouxamento e seguirá com 0,5 pp por reunião até o fim do ano.

O BC também reacendeu a luz amarela sobre o risco fiscal, o que colaborou para acentuar a cautela do mercado doméstico e piorar a performance do real frente ao dólar. O dólar à vista fechou em alta de 1,13%, a R$ 4,9352, após oscilar entre R$ 4,8908 e R$ 4,9362. Às 17h04, o dólar futuro para outubro subia 1,13%, a R$ 4,9420. Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,23%, aos 105,363 pontos; o euro recuava 0,04%, a US$ 1,0659. E a libra perdia 0,43%, a US$ 1,2292. (Téo Takar)

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