O cenário fiscal incerto continuou jogando pressão sobre o câmbio nesta 5ªF, junto com a briga para formação da Ptax de agosto e com a maior cautela no exterior após dados de atividade e inflação nos EUA, na véspera do payroll. Por aqui, o déficit das contas públicas acima do esperado em julho preocupou os investidores, que acompanharam com atenção e certo ceticismo a apresentação do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024, que traz como meta o déficit zero no próximo ano.

Operadores notaram ainda demanda defensiva por dólar por causa das incertezas sobre os próximos passos da política monetária do Fed. Depois de dados recentes mais fracos de emprego, hoje o PCE mostrou dados ambíguos sobre a inflação americana, enquanto s pedidos de auxílio-desemprego vieram abaixo das previsõe. Já os índices de atividade (PMIs) em agosto vieram melhores que o esperado, jogando para o payroll, amanhã, a responsabilidade de sinalizar se a economia americana está desacelerando ou não, e em qual ritmo.

O dólar à vista fechou em alta de 1,68%, a R$ 4,9511, após oscilar entre R$ 4,8650 e R$ 4,9601. Em agosto, a moeda acumulou alta de 4,69%, mas no ano cai 6,23%. A taxa Ptax encerrou agosto em R$ 4,9219, com altas de 1,16% no dia e de 3,80% no mês, mas no ano recua 5,67%. Às 17h07, o dólar futuro para outubro avançava 1,32%, para R$ 4,9750. Lá fora, o índice DXY subia 0,46%, para 103,631 pontos. O euro recuava 0,74%, a US$ 1,0844. E a libra perdia 0,39%, a US$ 1,2670. (Téo Takar)