Câmbio
Dólar volta aos R$ 5,05 com alerta de Fed boy sobre chance de juros não caírem nos EUA neste ano
O dólar à vista voltou aos R$ 5,05 e fechou perto da máxima do dia, com investidores mais cautelosos sobre o rumo da política monetária do Fed após declarações duras de membros do BC americano.
Mais cedo, a moeda chegou a cair com dados mais fracos da economia americana, com aumento nos pedidos de seguro-desemprego e déficit comercial maior que o previsto. Porém, no meio da tarde, o dólar ganhou força, acompanhando a piora das bolsas, após Neel Kashkari (Fed de Minneapolis) colocar em xeque os planos do Fed de cortar juros neste ano, caso a inflação persista acima da meta de 2%.
Ele descartou a possibilidade de o Fed mudar a meta e também disse que uma nova alta dos juros não foi oficialmente afastada, embora não seja o cenário mais provável. Vale lembrar que Kashkari não tem voto no Fomc deste ano.
Além do Fed, rumores de que o Irã está preparando um ataque contra Israel também motivaram investidores a buscar proteção no dólar e nos Treasuries. Por aqui, o ruído em torno de uma possível troca de comando na Petrobras colaboraram para gerar volatilidade no câmbio.
O dólar à vista fechou em alta de 0,20%, a R$ 5,0507, perto da máxima do dia (R$ 5,0537). Na mínima, marcou R$ 5,0055. Às 17h04, o dólar futuro para maio tinha leve alta de 0,04%, a R$ 5,0620. Lá fora, o índice DXY operava estável, aos 104,252 pontos. O euro tinha leve queda de 0,01%, a US$ 1,0833. E a libra recuava 0,10%, a US$ 1,2638.
(Téo Takar)