A Azul divulgou na tarde desta quinta-feira, via fato relevante, para “esclarecer aos seus acionistas e ao mercado em geral sobre a notícia mal interpretada publicada pela Bloomberg em 28 de agosto”.

A aérea diz que, conforme divulgado em sua teleconferência de resultados, suas operações foram impactadas pela desvalorização do real, enchentes no Rio Grande do Sul, redução da capacidade internacional no 1º semestre e os atrasos nas entregas de novas aeronaves.

Por isso, Azul desenvolveu um novo plano estratégico, visando a melhoria geral de sua estrutura de capital e posição de liquidez. A aérea diz que está em negociações ativas com seus principais stakeholders para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado.

“Em linhas gerais, os stakeholders estão demonstrando apoio e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes”, diz o texto. A companhia disse também que tem capacidade adicional de captação de recursos utilizando Azul Cargo como garantia primária no montante de até US$ 800 milhões.

Além disso, outras fontes de liquidez também estão disponíveis. A empresa lembrou que ontem o Congresso aprovou o projeto de lei que permite às aéreas acesso a linhas de crédito recorrentes apoiadas pelo Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).

A Azul afirmou também que está mantendo discussões com a Abra para explorar possíveis parcerias ou combinações de negócios relacionada à Gol, mas que até agora, não celebrou ou formalizou um acordo.

Após a divulgação do fato relevante, as ações da Azul ficaram temporariamente suspensas. Por volta das 15h30, os papéis da aérea caem 21,66%, a R$ 5,69, mas longe da mínima do dia de R$ 5,35.