Juros

À deriva sem NY, juros futuros ignoram alívio do dólar e fecham estáveis

Atualizado 19/06/2023 às 18:06:00

A curva do DI registrou variação marginal em praticamente todos os vencimentos e fechou próxima dos ajustes de 6ªF, apesar de o dólar ter furado o piso informal dos R$ 4,80 e de a Focus ter trazido uma nova rodada de alívio nas projeções para a inflação. Os juros futuros dão sinais de esgotamento, depois de já terem antecipado, em boa medida, o cenário de risk-on que tem dominado os negócios. No curtíssimo prazo, é o comunicado do Copom (4ªF) que pode servir de driver para uma nova queima de prêmio na curva a termo ou uma correção em alta. Haddad reforçou hoje a cobrança pelo corte da Selic. “Para mim, deveria ter sido em março”, disse.

Lula também não perdeu a chance de alfinetar Campos Neto (BC). “Tudo está baixando, arroz, gasolina, menos os juros. Ele [RCN] terá que explicar à sociedade e ao Senado porque os juros estão ainda altos.” Na Focus, a estimativa para a Selic no ano caiu de 12,50% para 12,25%. Além disso, as previsões para o IPCA de mais longo prazo intensificaram a queda: 2025 foi de 3,90% para 3,80% e 2026, de 3,88% para 3,80%.

No fechamento, o DI para jan/24 estava em 13,030% (de 13,017% no ajuste de 6ªF); jan/25, a 11,135% (de 11,124%); jan/26, a 10,520% (de 10,499%); Jan/27, a (10,515%); jan/29, a 10,860% (de 10,900%); e jan/31, a 11,100% (de 11,140%). (Mariana Ciscato)

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