Economia
Antes do Copom, Haddad faz defesa forte de um corte de 0,50 pp na Selic
Horas antes da decisão de juros do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que um corte de 0,50 pp na taxa Selic “será bom para o Brasil”, que existem argumentos técnicos para sustentá-lo e que todos os Poderes estão trabalhando na mesma direção para “arrumar a casa” do país, o que aponta na direção de uma redução mais consistente.
O ministro descartou a possibilidade de manutenção da taxa em 13,75% (“nenhum economista com reputação espera”) e disse que o mercado “tende mais para meio ponto” do que qualquer outra possibilidade. Citou apostas de “fundos milionários” em corte de 0,75 ponto percentual, de gestores “que não podem tomar decisões irresponsáveis” e até o corte de 1 ponto na taxa básica do Chile na semana passada, que seria o percentual favorito entre os políticos.
Segundo Haddad, o dia de hoje “é decisivo” e um momento de valorizar o que de positivo foi feito na prática pela economia para que toda a sociedade se beneficie. “Enquanto essa taxa ficou em 13,75%, vai fazer aniversário, o mundo mudou, o Brasil também, o Congresso trabalhou, o Judiciário trabalhou, Muita coisa boa aconteceu, vamos colher”.
O ministro disse que a redução da Selic hoje terá impacto sobre os investimentos de longo prazo: “Um investidor que vai tomar decisão agora olha a taxa no longo prazo, faz as contas e começa a verificar que talvez não seja tão vantajoso manter o dinheiro guardado e que, se expandi as operações, vai ganhar mais dinheiro no futuro.”
O ministro também afirmou que todos os seus pronunciamentos e os debates da Fazenda com o Banco Central sobre juros se dão em termos técnicos, baseado em indicadores, e que os técnicos das secretarias da Fazenda “são tão qualificados” quanto os da autarquia. Ele criticou a “mania” de qualificar opiniões divergentes como “políticas”. (BDM Online + agências)