Juros

CMN sem aventura afunda DI

Atualizado 29/06/2023 às 18:10:59

No “wishful thinking” de que o CMN não pregaria nenhuma surpresa e susto, os juros futuros começaram a cravar mínimas mais de uma hora antes de Haddad anunciar as decisões sobre a meta de inflação. Durante a coletiva do ministro da Fazenda, os contratos acentuaram ainda mais as quedas, depois de ele confirmar a meta de inflação em 3% para os próximos três anos, com intervalo de tolerância de 1,5pp para baixo e para cima. Como amplamente antecipado pelo mercado, foi definido ainda o horizonte contínuo para a meta, que não estará mais presa ao ano-calendário.

Haddad projetou “grande expectativa” de cortes “consistentes” da Selic a partir de agosto. Esta aposta já havia saído fortalecida mais cedo por outros quatros fatores: 1) pelo RTI; 2) pelo comentário de Campos Neto de que o juro neutro maior, de 4,5%, tem pouca influência na política monetária de curto prazo, não sendo “impeditivo” para recuo da Selic; 3) pela deflação de 1,93% do IGP-M em junho, mais acentuada do que em maio (-1,84%); e 4) pela desaceleração do Caged.

No fechamento, os juros caíram de ponta a ponta na curva do DI: jan/24, a 12,920% (de 12,957%); jan/25 na mínima de 10,855% (contra 10,970% na véspera); jan/26, a 10,260% (de 10,344%); jan/27, a 10,310% (de 10,368%); jan/29, a 10,650% (de 10,685%); e jan/31, a10,820% (de 10,848%). (Mariana Ciscato)

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