Juros

Curva de juros inclina com exterior tenso e preocupação com o fiscal

Atualizado 21/08/2023 às 18:03:06

Os juros futuros fecharam com alta expressiva especialmente nos vencimentos mais longos, influenciados pela alta do dólar ante o real e dos retornos dos Treasuries, que hoje atingiram novas máximas históricas. Os ruídos internos, com risco de adiamento da reforma tributária e do arcabouço fiscal ajudaram a inclinar a curva.

As incertezas com a economia da China prosseguem, com o mercado esperando medidas mais firmes para retomar o crescimento. O corte da taxa de juros de 1 ano não animou os investidores, que saíram de commodities e moedas de emergentes exportadores, como o Brasil. Nos EUA, o juro da T-note de 2 anos bateu em 5,0009%, de 4,9447% na 6ªf passada, enquanto a T-note de 10 anos fechou perto de uma nova máxima de 16 anos, a 4,335%, de 4,2507%.

A resistência da economia dos EUA tem levado investidores a apostar em retornos mais altos já que em tese o Fed teria de manter os juros altos por mais tempo. Na 6ªF, espera-se que Jerome Powell dê mais pistas sobre a política monetária do Fed, em Jackson Hole.

No fechamento, o contrato de DI para jan/24 ficou praticamente estável a 12,435% (contra 12,430%, na 6ªF); o jan/25 subiu a 10,615% (de 10,518%); o jan/26 subiu a 10,275%, na máxima do dia (de 10,119%). O jan/27, a 10,480% (de 10,323%); jan/29, a 10,980% (de 10,843%); e o jan/31, a 11,260% (de 11,161%). (Ana Conceição)

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