Juros
Economia aquecida e incerteza fiscal levam juros futuros a consolidarem aposta de alta de 0,75pp da Selic
Depois de uma pequena pausa ontem, os juros futuros voltaram a disparar nesta terça-feira, levando a ponta curta e o miolo da curva a fecharem acima da casa dos 14%. O crescimento levemente acima do esperado do PIB no 3TRI24 reforçou a avaliação do mercado de que o Copom terá que apertar o passo, com uma alta de 0,75 pp da Selic neste mês, para fazer frente à pressão inflacionária diante de uma economia ainda bastante aquecida.
Os DIs longos também subiram com força, ainda refletindo a incerteza fiscal. O resultado do Governo Central trouxe superávit de R$ 40,811 bilhões em outubro, o segundo melhor da série histórica, mas pouco abaixo das expectativas (+R$ 41,350 bilhões), e sem força para melhorar a percepção do mercado sobre o risco fiscal.
As taxas esboçaram uma melhora pontual no meio da tarde com o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, declarando que o resultado fiscal deste ano deverá ficar um pouco acima do piso da meta, “mais para déficit de 0,2% do que para 0,25% do PIB”.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 13,995% (de 13,880% no fechamento de ontem); Jan/27 a 14,260% (14,085%); Jan/29 a 14,105% (13,865%); Jan/31 a 13,920% (13,680%); Jan/33 a 13,770% (13,540%).
(Téo Takar)