Juros
IPCA-15 não banca maior alívio nos juros futuros
Os contratos dos juros futuros fecharam com viés de queda nos trechos curtos e perto da estabilidade no vencimentos de médio e longo prazo nesta quarta-feira.
Qualquer alívio mais consistente nas taxas com o IPCA-15 de setembro (+0,13%) bem abaixo da mediana de 0,29% das estimativas dos analistas foi esgotado ainda na primeira parte dos negócios.
A leve alta do dólar e a pressão dos rendimentos dos Treasuries contribuíram para neutralizar a intensidade de baixa na curva do DI.
Além disso, existe a percepção entre boa parte do mercado de que, apesar do alívio com o IPCA-15, o indicador não dá conta de estancar a piora nas expectativas de inflação, impactadas em maior medida pela economia aquecida e expansionismo fiscal.
Assim, na véspera do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), não existe consenso de que o Copom possa manter o pace de alta em 0,25 ponto percentual na Selic, embora tenham diminuído as apostas em uma dose de aperto mais ousada, de 0,75pp.
No fechamento, o DI para jan/26 caiu para 12,110% (contra 12,115% na véspera) e o jan/27, a 12,135% (de 12,161%). Próximos dos ajustes, o jan/29 fechou a 12,270% (de 12,280%) e o jan/31, a 12,280% (de 12,270%).
(Mariana Ciscato)
