Juros

Juros curtos disparam com RTI mais duro; relatório da Fitch também pesa

Atualizado 26/09/2024 às 18:04:07

https://www.bomdiamercado.com.br/wp-content/uploads/2023/11/grafico-mercado-financeiro.jpg

As taxas de juros futurros (DI) subiram mais de 0,10 ponto percentual nas posições com vencimento em janeiro de 2026 e 2027, depois de o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) trazer estimativa de IPCA fora da meta até pelo menos o início de 2027, quando o índice estará em 3,2%.

Nos 12 meses até o segundo trimestre de 2026, a inflação estará em 3,5%, segundo o Banco Central, mesma taxa estimada para o atual horizonte relevante da política monetária, que é o primeiro trimestre. O IPCA deve fechar 2026 em 3,3%, de 3,2% previstos antes.

Para analistas, no RTI, o BC sugere que há necessidade de uma alta significativa da Selic – maior que a embutida nas projeções do Focus – para levar a inflação à meta. A atual projeção do hiato do produto, de 0,5%, chamou atenção por estar abaixo da projeção do mercado, de 0,8%, destacou o Bradesco.

Várias casas elevaram as estimativas para a Selic ao fim do ciclo de alta, caso do BTG e da Buysidebrazil, que subiram a projeção de 12% para 12,5%. A ASA Investments disse ver necessidade de elevação da taxa a 13%.

No meio da tarde, a divulgação de um relatório da Fitch consolidou a alta dos DIs. Segundo a agência, apesar do “forte crescimento” da economia, o desempenho fiscal está abaixo das projeções originais do orçamento de 2024. “As perspectivas incertas de consolidação fiscal são uma vulnerabilidade chave restringindo o rating do Brasil em BB com perspectiva estável”, disse a Fitch.

No fechamento, o DI Jan26 subiu a 12,200% (de 12,086% na sessão anterior); o Jan27, a 12,245% (12,111%); Jan29 a 12,330% (12,237%); Jan31 a 12,340% (12,253%); e Jan33 a 12,260% (12,201%).

(Ana Conceição)

Compartilhe:


Veja mais sobre:


Veja Também