Juros
Juros diminuem alta nos minutos finais após Haddad anunciar contenção
Os juros futuros fecharam em alta nesta quinta-feira, mas diminuíram o avanço nos últimos minutos do pregão depois de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciar R$ 15 bilhões em corte de gastos (R$ 11,2 bi de bloqueio mais R$ 3,8 bi de contingenciamento).
Os números seriam divulgados apenas no dia 22, mas o ministro quis antecipá-los, segundo ele, para evitar especulações.
As taxas dos DIs, que caminhavam para fechar com alta entre 0,19 e 0,20 ponto percentual, encerraram o dia com avanço de 0,12pp.
Mais cedo, os retornos chegaram a subir mais de 0,22pp diante de um combo de pressões: a disparada do dólar, a alta dos retornos dos Treasuries e própria expectativa – negativa – em torno do bloqueio/contingenciamento. O mercado queria algo acima de R$ 20 bilhões.
Ainda no meio da tarde, a Fazenda divulgou o boletim macrofiscal, com piora nas estimativas de inflação: de 3,7% para 3,9% em 2024 e de 3,2% para 3,3% em 2025. Como esperado, a projeção do PIB de 2024 seguiu em 2,5%, mas a de 2025 caiu de 2,8% para 2,6%. Segundo a pasta, a revisão do IPCA em 2024 levou em conta impactos do câmbio e da calamidade no Rio Grande do Sul.
No fechamento, o DI Jan/25 subiu a 10,645% (de 10,608% no fechamento anterior); Jan/26, 11,310% (de 11,184%); Jan/27, 11,570% (de 11,443%); Jan/29, 11,905% (de 11,783%); e Jan/31, 12,02% (de 11,900%).
(Ana Conceição)