Juros
Juros disparam com mau humor externo, dólar e falas de diretores do BC
As taxas de juros futuros (DI) deram um salto sob forte pressão de fatores domésticos e externos nesta quinta-feira.
Lá fora, dólar e rendimentos dos Treasuries subiram com o mercado reduzindo as apostas para um corte mais agressivo dos juros pelo Federal Reserve.
Essa mudança ocorre depois de um PMI composto positivo nos Estados Unidos, medido pela S&P Global, e Susan Collins, presidente do Fed de Boston, dizendo que o corte de juros, quando vier, será gradual.
Aqui, falas dos diretores do Banco Central, Diogo Guillen e Gabriel Galípolo, elevaram a cautela dos investidores, que não viram coesão nos discursos de ambos, o que aumentou os prêmios de risco.
Um desalinhamento poderia sugerir uma nova votação não unânime no Copom. No fim da tarde, na segunda fala do dia, Galípolo reiterou que o BC subirá juros, se necessário.
No fechamento, o DI para Jan/25 subiu para 10,845% (contra 10,75% no pregão anterior); e Jan/26 recuou a 11,590% (de 11,45%). Já o Jan/27 pagou 11,590%, de 11,415%. Jan/29 subiu a 11,665% (de 11,485%); e Jan/31, a 11,670% (de 11,520%).
(Ana Conceição)