Juros
Juros disparam com mudança de meta de primário e exterior
Já pressionado pelo exterior ruim, o mercado reagiu mal à mudança da meta de primário de +0,5% do PIB para zero em 2025, como anunciado pelo Planejamento e a Fazenda hoje.
O arcabouço já tinha sofrido um baque na semana passada com a autorização para o governo antecipar R$ 15 bilhões em gastos. Embora já houvesse a expectativa de uma piora na meta, o fato consumado não deixou de adicionar prêmios de risco aos juros.
Em NY, Campos Neto apontou que se há perda de credibilidade na política fiscal isso tem um custo para a política monetária. Mas ponderou que poderia ser pior.
Nos EUA, os retornos dos Treasuries renovaram as máximas desde novembro após dados do varejo acima do esperado, o que contribuiu para injetar mais pressão por aqui. A reação aos ataques de Irã a Israel, considerados mais um “recado”, foi monitorada, sem interferir no pregão.
No fechamento, o juro para Jan25 subiu a 10,160% (de 10,066%, na 6ªF). O Jan26 subiu a 10,440% (de 10,214%). O Jan27 avançou a 10,805% (de 10,530%); o Jan29, a 11,350% (de 11,079%), o Jan31, a 11,610% (de 11,344%) e o Jan33 subiu a 11,700% (de 11,440%).
(Ana Conceição)