Juros
Juros disparam na B3 com CPI e apesar do IPCA
As taxas dos DIs saltaram hoje, na esteira da inflação – índice cheio e núcleo – acima do esperado em março nos EUA.
Os dados arrastaram o retorno da note de 2 anos para perto dos 5% e o da note de 10 anos acima de 4,5%, este considerado nível crucial, já que, a continuar assim, pode atrair mais investimento que as ações.
Após os dados, a aposta majoritária é de início de corte de juros pelo Fed apenas em setembro, segundo monitoramento da CME, com um total de cortes entre 0,50pp e 0,25pp.
Com o CPI salgado pelo 3º mês consecutivo, a ata da última reunião do Fed não mexeu com os ativos. Não deixou, contudo, de reforçar a postura cautelosa do BC americano.
Por aqui, curva a termo indicava agora à tarde Selic perto de 10%. Ficaram em segundo plano as declarações de Campos Neto, de que não há relação mecânica entre a política monetária dos EUA e a do Brasil e que o cenário “não mudou substancialmente” após o CPI.
Mesma coisa o IPCA de março, com alta de 0,16%, bem abaixo da mediana das estimativas, de 0,24%, que não ajudou a aliviar os prêmios.
No fechamento, o juro para Jan25 subiu a 10,020% (de 9,937%, ontem) e o Jan26, a 10,175% (de 9,989%). O Jan27 avançou a 10,510% (de 10,307%); o Jan29, a 11,055% (de 10,855%), o Jan31, a 11,310% (de 10,125%) e o Jan33, a 11,400% (de 11,226%). (Ana Conceição)