Juros
Juros fecham em alta com fiscal ruim e Fed sem pressa
As taxas de juros futuros fecharam com alta nesta segunda-feira, num dia que teve ajuste da taxa Selic para cima no relatório Focus, preocupação com as contas públicas depois do resultado primário de agosto e declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no meio da tarde, de que não tem pressa de cortar os juros nos Estados Unidos.
O presidente do Fed indicou redução adicional de 50 pontos-base em 2024, frustrando quem esperava um banco central americano mais agressivo. Os juros futuros domésticos já estavam em alta quando Powell falou e aceleraram depois disso.
Por aqui, o Banco Central informou que o setor público consolidado teve déficit primário de R$ 21,425 bilhões em agosto, em linha com o esperado. Mas o déficit primário em 12 meses continua crescendo e segue elevado.
Para o Itaú, os números reforçam que há necessidade de um novo bloqueio de despesas no relatório bimestral de novembro para cumprir a meta de primário. No Focus, a mediana para a Selic ao fim de 2024 subiu de 11,50% para 11,75% e a de 2025, de 10,50% para 10,75%.
No fechamento, o Jan26 subiu a 12,325% (12,274%); Jan27 a 12,395% (12,308%); Jan29 a 12,490% (12,372%); Jan31 a 12,480% (12,360%); e Jan33 a 12,430% (12,297%).
(Ana Conceição)