Juros
Juros fecham em alta com mais um risco fiscal no radar
As taxas dos DIs fecharam com alta na B3, com mais um risco fiscal no radar, além do imbróglio envolvendo a reoneração de 17 setores da economia.
O mercado não gostou do novo plano de reindustrialização do governo Lula, anunciado hoje, que prevê cerca de R$ 300 bilhões em créditos, a maioria via BNDES.
Para alguns, como Armando Castelar, do Ibre-FGV, embora ainda não haja detalhes, o plano parece uma repetição de ideias que deram errado no passado, como a exigência de conteúdo local.
Para outros, como Hugo Tadeu, diretor do núcleo de inovação da Fundação Dom Cabral, o país precisa ter uma visão de futuro e a política anunciada “é uma boa forma de iniciar”. A XP diz que o plano é uma reunião de medidas existentes, sem dinheiro novo, e sem grandes repercussões a médio prazo.
Quanto à reoneração, Fernando Haddad não conseguiu apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), à nova proposta do governo, segundo a imprensa.
O mercado de juros ainda foi pressionado pela disparada do dólar à vista: +1,23%, a R$ 4,9873. Mas a reação dos DIs ao plano do governo foi mais amena que no Ibovespa e no câmbio.
No fechamento, o DI para Jan25 caiu a 10,070%, (de 10,114%, na 6ªF). O DI Jan26 subiu a 9,785% (de 9,764%). O Jan27, a 9,965% (de 9,899%); o Jan29, a 10,390% (10,325%); Jan31, a 10,640% (10,569%); e Jan33, a 10,750% (10,681%). (Ana Conceição)