Juros
Juros fecham em forte alta, pressionados por questões fiscais
As taxas dos DIs fecharam com alta expressiva nesta 3ªF, atadas às questões fiscais domésticas. A expectativa de votação do PL dos fundos exclusivos e offshore e das apostas esportivas (bets), que tramitam na CAE do Senado, e da LDO na Comissão Mista de Orçamento (CMO) foram frustradas.
A LDO deve ser votada apenas na próxima semana, segundo o relator Danilo Forte (UB-CE) e os PLs dos fundos e bets talvez sejam apreciados amanhã. Outro ponto fiscal é o projeto que prorroga a desoneração da folha de 17 setores, que precisa ser sancionado ou vetado pelo presidente Lula até 5ªF.
Com todos esses fatores, e a forte alta do dólar, o mercado doméstico descolou do exterior, onde os retornos dos Treasuries oscilaram entre altas e baixas. A divulgação da ata do Fed, hawkish, sem indicações de cortes de juros à vista, pressionou as taxas mais longas, que cederam depois.
Em evento em Brasília, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que há “grande possibilidade de os IPCAs 2023 e 2024 ficarem dentro da meta”. Sobre a notícia de que alguns Estados decidiram aumentar suas alíquotas de ICMS, Campos Neto projetou que o movimento deve ter um impacto de 0,10 a 0,20 pp sobre a inflação, mas alertou que é preciso fazer os cálculos com mais calma.
No fechamento, o contrato DI para jan/25 subiu a 10,575% (de 10,475%, ontem); o jan/26, a 10,330% (de 10,192%). O jan/27, a 10,455% (de 10,313%); o jan/29, a 10,840% (de 10,719%). O jan/31 subiu a 11,040% (de 10,927%) e o Jan/33, a 11,120% (de 11,012%). (Ana Conceição)