Juros
Juros fecham em queda, apesar de inflação de maio
As taxas dos juros futuros fecharam com queda nesta terça-feira, principalmente no médio prazo, apesar da alta acima do esperado na inflação brasileira de maio. O recuo é atribuído ao ajuste que ainda ocorre após a disparada dos juros futuros na última sexta-feira.
Ainda como motivo de descompressão das taxas, a queda dos retornos dos Treasuries – títulos do Tesouro dos Estados Unidos – depois de um leilão de notes de 10 anos com demanda acima da média.
A discussão sobre sugestões de cortes de gastos que serão levadas pela equipe econômica ao presidente Lula, a fim de preservar o arcabouço fiscal, também ficou no radar.
O IPCA veio no teto das estimativas, 0,46%. A mediana era de 0,40%. A parte de alimentos foi especialmente pressionada pelas inundações no Rio Grande do Sul, mas mesmo sem o evento trágico no Sul o índice ainda sairia salgado. Segundo a XP, ficaria em 0,42%.
O fim da desaceleração na inflação subjacente de serviços reforçou estimativas do IPCA no ano mais próximas de 4% e de uma Selic estável em 10,5% na próxima reunião do Copom.
No fechamento, o DI para Jan25 caiu a 10,640% (de 10,681%, ontem); Jan26, a 11,200% (de 11,310%); o Jan27, a 11,520% (11,619%). O Jan29 cedeu a 11,900% (11,956%); Jan31 a 12,060% (12,075%). O Jan33 ficou em 12,090% (de 12,084%).
(Ana Conceição)